sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Regresso


... Bandeiras azuis... apenas bandeiras
Tremulavam e bailavam frente ao vento quente do verão
Ainda bem que havia vento
Senão, apenas vapor
Impraticável respiraração...
Bandeirinhas que tremulavam naquele esquecido templo
Outono
Inverno
Primavera
Nas pequenas bandeiras imagens Búdicas.
Todos os encontros possíveis naquele ondear
Tudo vertia pregresso
Aquilo já não existia
Forma atemporal
Espiralando o balanço ao vento
Um esquecer que nunca fora possível antes
Um deixar-se crível
Visão da luz que se apresentara tênue
E, agora,
Nem tão sussurrante assim
Gritava as palavras mortas
Antes mesmo de proferidas
Bandeiras azuis e roxas
Mantras num sânscrito mal escrito
Incompreensíveis. Vento verde-azul da distância que se faz.

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