terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Partida

Silêncio
na alma
Pausa
Se insiste tanto
em partir-me
eu parto de ti
todo dia um pouco
Sem que percebas
É assim que sou
Escorrego amiúde
E... quando deres conta
nem perfume
terei deixado
E um nada de mim
encontrará
Em coração inteiro
Cabe encantados
Encantar-se-á então
meu grande amor
E nadarei para longe
Sem olhar para trás
Re-conquiste-me
Lute por mim
Sou bela, mesmo distante
Úmida, mesmo deserto
Segredo
Mesmo revelando-me
no possível das horas
Tempestade
Serenidade
O Talvez
Meu amor não tem dúvida
Meu amor por tudo é resoluto
Se não lutares
Como ficar?
Se fugires
Como não partir?
Nada resta
Além de cruzar o grande rio
E fluir
Desejando-te o melhor