quinta-feira, 5 de maio de 2011

Mar

Não desisto, resisto ou insisto
Somos paradoxo, conflito
Possível é vislumbrar o equilíbrio
Amar você é sol e lua
Céu Estrelado
Noite Escura
Cheiro de pele, acre-doce
Espelho meu
Mestre e Discípulo
Deixo-te ir
Escolho o frescor da carícia
Devir do não-saber

Mudanças são vida
Dores vêm e vão
Livro-me de culpa
apego
ressentimento
Livro-me de possuir
ansiar
culpar

Não desisto, nem resisto
Insisto em amar
Juntos por fios invisíveis
Bailo em você, danças em mim
Nem saudade há entre nós
Porque somos laço
Somos um, ainda que inteiros
Companheiros no invisível

Não desisto, nem resisto
Sigo amando
Resiliência em mim
Não para ou pelo outro
Deixei de perpetuar latência
Acabei com falso fim
E começos precipitados

Estou com você
Na alquimia possível
De nossos abismos
Na saúde e na doença
Na alegria e na tristeza
Esse estado me constitui
Não há razão limitante
Há olhos abertos e discernimento
Lamentos abandonados
Medos enterrados
Ilusões transformadas
Deixei tudo no oceano
Com Iemanjá