quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Solitude

"Quando então se pensa em poemas, tomam-se tais caminhos com poemas? Serão esses caminhos somente des-caminhos, des-caminhos de ti a ti? Mas ao mesmo tempo são também, em tantos outros caminhos, caminhos nos quais a língua se torna sonora, são encontros, encontros de uma voz com um Tu perceptível, caminhos de criaturas, esboços de existência talvez, um antecipar-se para si mesmo, à procura de si mesmo.... Uma espécie de volta a casa." (Paul Celan)

Solitude
Fogo Violeta
Grande labareda alquímica
Cada qual urge por transmutar
Elementos há muito aprendidos
Há pouco recolhidos como se não pudesse partir
Apegos deixam-se ir
Observadora, permaneço em amor
Asas se abrem. Voas, assim como eu.
Liberto-me
Tempo de coração ferido
Ficou na pedra boji que se partiu
Zingra ao vento do instante
A terra interior
Brotos vindouros, sementes venusianas
Flores se abrem ao sol
Renovação de todas as manhãs
Morro ao dormir
Renasço ao despertar
Pequena Fênix
Doadora, em confiança na vida
Histórias acre-doces trazem sorrisos
Em silêncio, mesmo em silêncio
No astral dos mundos o encontro é real
Palavras são inúteis ali
Há notas de puro contentamento
Lágrimas acolhidas como chuva fértil
Gratidão
Prece pura no chão dos 4 elementos
Cura da Criança Ferida
Crescimento e Brincadeira
Cavalgando o coiote que reside no sul
Destemida, poesia em espiral, amante
Em corpo e alma

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